TODO APOIO AOS TRABALHADORES DO TRANSPORTE COLETIVO E AO MANIFESTO PELA VIDA DA ARQUIDIOCESE DE UBERABA

Depois da Arquidiocese da Igreja Católica se levantar, agora foi a vez dos trabalhadores do transportes coletivo dizerem NÃO à mortandade massiva provocada pela COVID-19 e à política genocida e negacionista dos governos federal, estatual e municipal de enfrentamento à essa grave doença, que pode levar ao fim, tamanho a sua gravidade, a vida humana no planeta Terra.

É neste quadro que, tanto a Igreja Católica quanto os trabalhadores do transporte coletivo, lutam pela vida. A Igreja por meio de uma nota histórica e dura, firmada pela Arquidiocese de Uberaba, exigindo das autoridades públicas, em especial das de Uberaba, medidas que sejam efetivas, contra a Covid-19, como fiscalização de verdade e lockdown para barrar o avanço da doença. Os trabalhadores do transporte coletivo, em face do vale da morte que vem se transformando Uberaba, por sua condução diária de ônibus lotados, onde são cotidianamente expostos ao risco de contaminação desta mortal doença, estão em greve por vacinação da categoria.

Os setores mais reacionários da cidade vem atacando a Igreja Católica por sua destemida nota, seja por meio de um “Manifesto pró Morte” (disfarçado de manifesto em defesa da vida)que, defendendo a essencialidade do comércio, da indústria e serviços, hipotecam total apoio à postura da Prefeita Elisa Araújo, que, além de se colocar contra um lockdown de verdade, flexibilizou até mesmos as parcas medidas do governo estadual de combate à disseminação do novo coronavírus,  seja por meio de outdoors apócrifos, atacando a referida instituição religiosa. Já os trabalhadores do transporte coletivo, ao seu turno, enfrentam, por um lado, um governo municipal reacionário, que eleito prometendo renovação política, após tomar posse tem se caracterizado pelo autoritarismo e reacionarismo e, por outro, com uma decisão judicial que, apesar de não declarar o movimento grevista ilegal, como pretendeu o autoritário governo Elisa Araújo, tenta impor a circulação de 80% da frota de ônibus, uma medida que, além buscar de enfraquecer o movimento grevista, com ameaça de aplicação de pesadíssima multa, acaba por resultar a maior lotação de ônibus e, por consequência, maior risco de contaminação, dos motoristas e usuários do transporte coletivo. O que a Justiça Burguesa faz de conta não entender é que, os trabalhadores, por meio desta greve, estão defendendo suas vidas e a dos passageiros. Essa não é uma greve comum, é UMA GREVE SANITÁRIA PELO DIREITO À VIDA, sendo que este direito maior que todos os outros e, por isso, se sobrepõe a eles!

Não podemos perder de vista que este quadro caótico que se instalou em nossa cidade é fruto não apenas das medidas adotadas para anteder interesses empresariais locais pelo Governo Elisa Araújo, como também, reflexos do negacionismo com o qual os governos Zema e Bolsonaro tratam a pandemia do Coronavírus, chegando ao cúmulo do Presidente da República, após desdenhar da necessidade de vacinas, recusar oferta de 70 milhões de doses feitas pela Pfizer em agosto do ano passado, as quais, se houvessem sido adquiridas, permitiriam que estivéssemos sendo vacinados desde novembro/dezembro de 2020. Jair Bolsonaro, além de tudo, assim como faz sua pupila uberabense, governa para garantir os lucros dos grandes empresários, ao ponto de ter colocado o Brasil, nos órgão internacionais, contra a proposta de quebra de patentes, único meio de se garantir a ampla produção de vacinas para toda a humanidade e não para garantir o lucro de meia dúzia de grandes laboratórios farmacêuticos.

Além disso, não podemos perder de vista que milhares de outros trabalhadores estão colocando suas vidas, e a de seus familiares, em risco, tendo que trabalhar normalmente apesar do descontrole da doença em nossa cidade, que tem levado a verdadeira situação de caso nos serviços de saúde. É absurda a volta das aulas presenciais na rede particular, o que tem levado ao aumento gritante de casos de covid entre os profissionais da educação e até entre alunos, bem como a intenção de Zema e de Elisa de retomar as aulas presenciais nas Redes Estadual e Municipal de Educação, mesmo sem que haja vacinação da população.

Por isso chamamos a cercar o movimento grevista de apoio. Os sindicatos da cidade, a começar pelos que representam os servidores municipais, inclusive, os professores da rede pública e trabalhadores do CODAU, deveriam inclusive, de imediato, deflagrarem Greves e paralisações pela VIDA. Devem apoiar ativamente o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo, para que este tenha condição de enfrentar a draconiana multa que foi imposta pela Justiça do Trabalho para o caso de não se garantir 80% dos ônibus rodando.  

Os setores progressistas da cidade, devem se mobilizar, não apenas para cercar de apoio efetivo à greve em curso, transformando-a em um movimento de exigência de VACINAS PARA TODOS, já, mas também para enfrentar os negacionistas e reacionários que assumiram a Poder Público Municipal com a Eleição de Elisa Araújo, articulando-se para, também, colocar para fora do governo já, e não em 2022, Bolsonaro, Mourão e Zema.


Todo Apoio aos Trabalhadores do Transporte Coletivo.

Pelo Direito à vida, revogação da liminar da Justiça do Trabalho Já.

Pela Decretação de Greve e Paralisações Sanitária em toda a cidade!

Todo apoio ao Manifesto Pela Vida da Arquidiocese de Uberaba!

Por uma empresa de transporte coletivo municipal, 100% estatal, sob controle de seus trabalhadores e usuários de transporte coletivo!

Pela imediata quebra das patentes da vacinas e da ifa (insumos para sua fabricação)!

Basta de Elisa e do seu negacionismo reacionário!

Fora Bolsonaro/Mourão e Zema, que os trabalhadores da cidade e do campo governem!

 

DIREÇÃO MUNICIPAL DO PSTU DE UBERABA

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