Antes de tudo agradecemos a todos e todas que
estiveram conosco nesta campanha eleitoral. Não apenas aos que votaram em
nossas candidaturas para prefeita e vice de Uberaba, sustentada pelos
companheiros Simea Freitas e Adriano Espindola, mas também aos que ouviram
nossas propostas, simpatizaram com nossas posições e que, por um motivo ou
outro, acabaram por depositar seus votos em outras candidaturas.
O PSTU participou deste processo eleitoral
consciente das dificuldades que enfrentaríamos pela frente: exclusão do horário
eleitoral gratuito de rádio e tv, distribuição absurdamente desigual de
recursos do fundo eleitoral; veto e desrespeito, por parte da imprensa, às
nossas posições; restrições de campanha
de rua em face da covid-19; entre outros. NO ENTANTO, NÃO NOS FURTAMOS EM
APRESENTAR UMA ALTERNATIVA SOCIALISTA E REVOLUCIONÁRIA NESTE PLEITO: NO 1º
TURNO FORAM 11 CANDIDATOS E 2 PROJETOS. UM DEFENDIDO POR DEZ CANDIDATURAS, AS
QUAIS DEFENDERAM, CADA QUAL AO SEU MODO, A MELHOR FORMA DE GERIR A PREFEITURA,
NOS MARCOS DO CAPITALISMO E, OUTRO, DEFENDIDO POR NÓS DO PSTU, UM PROJETO DE
RUPTURA COM A ORDEM VIGENTE, PARTINDO DE UMA ÓTICA SOCIALISTA E REVOLUCIONÁRIA,
POR MEIO DA MOBILIZAÇÃO PERMANENTE DOS TRABALHADORES E DO POVO POBRE EM
CONSELHOS POPULARES, ENFRENTANDO OS PROBLEMAS QUE AFLIGE OS DE BAIXO,
JUNTAMENTE COM O SISTEMA QUE RESPONSÁVEL POR ESTES PROBLEMAS E DELES SE
BENEFICIA: O CAPITALISMO.
Fizemos uma campanha ideológica, conseguindo
dialogar com um setor, ainda que minoritário, da população, falando da
necessidade de combinar as lutas por seus direitos e contra as opressões com a
luta contra o sistema capitalista e pelo socialismo.
JÁ NO QUE DIZ RESPEITO AO SEGUNDO TURNO,
como era esperado neste jogo de cartas marcadas que são as eleições, na
limitada democracia que vivemos, as duas candidaturas que avançaram, defendem o
mesmo projeto, que é um projeto de continuísmo da exploração e opressão dos de
baixo (povo pobre, trabalhadores, pequeno e médio comerciantes, microempreendedores,
servidores públicos) pelos de cima (grandes industriais representados pela
FIEMG, grandes comércios como o Bretas, o ABC e a Havan, banqueiros, usineiros
e latifundiários).
De um lado temos, Elisa Araújo, empresária da
indústria de calçados, ex-presidente do sindicato das grandes indústria -FIEMG,
é ligada ao governador Romeu Zema, Paulinho da Farça Sindical, Zé Silva,
Marcelo Palmério, Anderson Adauto e tem apoio de figuras com Luiz Neto. Fala
que é contra politicagem, mas teve o marido nomeado, sem concurso, para ser
chefe na Prefeitura por Paulo Piau. Apesar de mulher, como representante do
grande empresariado, explora e oprime homens e mulheres, não apresentando
nenhuma política específica para enfrentar, pra valer, o machismo, o racismo e
a lgbtfobia. Defende terceirizações e privatização, como a do instituto de
previdência do funcionalismo municipal, o IPSERV. Além disso, mostrando
quaisquer compromissos com a verdade, seu programa de governo apresenta a
hilária proposta de implementação de escola militar em parceria com a Marinha
do Brasil, a qual, por não existir mar em Minas Gerais, não tem quaisquer
escolas do estilo no estado.
Do outro lado, temos Tony Carlos, que se
apresentou como candidato oficioso do Prefeito Paulo Piau (o oficial foi o
derrotado Delegado Grilo), dizendo, durante todo o primeiro turno, em dar
continuidade ao referido governo. Apesar de sua origem humilde, Tony fez
carreira política defendendo interesses da mesma elite a qual serviu o governo
Paulo Piau. Vereador por seis mandatos e deputado estadual por dois, nunca
esteve ao lado dos trabalhadores, inclusive, dos servidores públicos, na luta
por melhores salários, condições de trabalho, moradia, educação e saúde dignas.
Nunca apresentou um projeto de lei sequer para combater a homofobia, o racismo
e o machismo.
Por fim, tanto Elisa como Tony são
representante do bolsonarismo e a eleição de quaisquer um deles apenas
fortalecerá a permanência do genocida negacionista na presidência do país.
Assim, o PSTU não depositada nenhuma
confiança em Elisa Araújo e em Tony Carlos, chamando os servidores municipais,
aos trabalhadores da iniciativa privada, aos setores oprimidos da sociedade a
não apenas votarem nulo, mas a prepararem as mobilizações contra os ataques que,
certamente, serão implementados, seja quem for o vencedor da votação de 29 de
novembro.
Uberaba, 21 de novembro de 2020.
DIREÇÃO MUNICIPAL DO PSTU DE UBERABA.
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