NOTA DO PSTU SOBRE O 2º TURNO: Nem Elisa Araújo, nem Tony Carlos. Votar Nulo e preparar as lutas.


Antes de tudo agradecemos a todos e todas que estiveram conosco nesta campanha eleitoral. Não apenas aos que votaram em nossas candidaturas para prefeita e vice de Uberaba, sustentada pelos companheiros Simea Freitas e Adriano Espindola, mas também aos que ouviram nossas propostas, simpatizaram com nossas posições e que, por um motivo ou outro, acabaram por depositar seus votos em outras candidaturas.

 O PSTU participou deste processo eleitoral consciente das dificuldades que enfrentaríamos pela frente: exclusão do horário eleitoral gratuito de rádio e tv, distribuição absurdamente desigual de recursos do fundo eleitoral; veto e desrespeito, por parte da imprensa, às nossas posições;  restrições de campanha de rua em face da covid-19; entre outros. NO ENTANTO, NÃO NOS FURTAMOS EM APRESENTAR UMA ALTERNATIVA SOCIALISTA E REVOLUCIONÁRIA NESTE PLEITO: NO 1º TURNO FORAM 11 CANDIDATOS E 2 PROJETOS. UM DEFENDIDO POR DEZ CANDIDATURAS, AS QUAIS DEFENDERAM, CADA QUAL AO SEU MODO, A MELHOR FORMA DE GERIR A PREFEITURA, NOS MARCOS DO CAPITALISMO E, OUTRO, DEFENDIDO POR NÓS DO PSTU, UM PROJETO DE RUPTURA COM A ORDEM VIGENTE, PARTINDO DE UMA ÓTICA SOCIALISTA E REVOLUCIONÁRIA, POR MEIO DA MOBILIZAÇÃO PERMANENTE DOS TRABALHADORES E DO POVO POBRE EM CONSELHOS POPULARES, ENFRENTANDO OS PROBLEMAS QUE AFLIGE OS DE BAIXO, JUNTAMENTE COM O SISTEMA QUE RESPONSÁVEL POR ESTES PROBLEMAS E DELES SE BENEFICIA: O CAPITALISMO.

 Fizemos uma campanha ideológica, conseguindo dialogar com um setor, ainda que minoritário, da população, falando da necessidade de combinar as lutas por seus direitos e contra as opressões com a luta contra o sistema capitalista e pelo socialismo.

 JÁ NO QUE DIZ RESPEITO AO SEGUNDO TURNO, como era esperado neste jogo de cartas marcadas que são as eleições, na limitada democracia que vivemos, as duas candidaturas que avançaram, defendem o mesmo projeto, que é um projeto de continuísmo da exploração e opressão dos de baixo (povo pobre, trabalhadores, pequeno e médio comerciantes, microempreendedores, servidores públicos) pelos de cima (grandes industriais representados pela FIEMG, grandes comércios como o Bretas, o ABC e a Havan, banqueiros, usineiros e latifundiários). 

 De um lado temos, Elisa Araújo, empresária da indústria de calçados, ex-presidente do sindicato das grandes indústria -FIEMG, é ligada ao governador Romeu Zema, Paulinho da Farça Sindical, Zé Silva, Marcelo Palmério, Anderson Adauto e tem apoio de figuras com Luiz Neto. Fala que é contra politicagem, mas teve o marido nomeado, sem concurso, para ser chefe na Prefeitura por Paulo Piau. Apesar de mulher, como representante do grande empresariado, explora e oprime homens e mulheres, não apresentando nenhuma política específica para enfrentar, pra valer, o machismo, o racismo e a lgbtfobia. Defende terceirizações e privatização, como a do instituto de previdência do funcionalismo municipal, o IPSERV. Além disso, mostrando quaisquer compromissos com a verdade, seu programa de governo apresenta a hilária proposta de implementação de escola militar em parceria com a Marinha do Brasil, a qual, por não existir mar em Minas Gerais, não tem quaisquer escolas do estilo no estado.

 Do outro lado, temos Tony Carlos, que se apresentou como candidato oficioso do Prefeito Paulo Piau (o oficial foi o derrotado Delegado Grilo), dizendo, durante todo o primeiro turno, em dar continuidade ao referido governo. Apesar de sua origem humilde, Tony fez carreira política defendendo interesses da mesma elite a qual serviu o governo Paulo Piau. Vereador por seis mandatos e deputado estadual por dois, nunca esteve ao lado dos trabalhadores, inclusive, dos servidores públicos, na luta por melhores salários, condições de trabalho, moradia, educação e saúde dignas. Nunca apresentou um projeto de lei sequer para combater a homofobia, o racismo e o machismo.

 Por fim, tanto Elisa como Tony são representante do bolsonarismo e a eleição de quaisquer um deles apenas fortalecerá a permanência do genocida negacionista na presidência do país.

 Assim, o PSTU não depositada nenhuma confiança em Elisa Araújo e em Tony Carlos, chamando os servidores municipais, aos trabalhadores da iniciativa privada, aos setores oprimidos da sociedade a não apenas votarem nulo, mas a prepararem as mobilizações contra os ataques que, certamente, serão implementados, seja quem for o vencedor da votação de 29 de novembro.

 Uberaba, 21 de novembro de 2020.

 DIREÇÃO MUNICIPAL DO PSTU DE UBERABA. 

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