RESPEITO AO POVO TRABALHADOR - Não à violência da Guarda Municipal na fiscalização da medidas de proteção contra a COVID-19. Punição aos envolvidos
É necessário dialogar com a população sobre os riscos da COVID-19, sobre a necessidade do uso de máscara, de higienização das mãos e de se observar as regras de distanciamento social. No entanto, isso não se faz com violência policial.
Ainda que seja necessária a fiscalização do uso de máscaras, todos os
agentes públicos, inclusive, guardas e policiais, devem ter em mente que o
inimigo não são os trabalhadores e as trabalhadoras da cidade (aqui entendido
como todos e todas que vivem da sua força de trabalho), mas sim o Coronavírus e
os governantes que, como Paulo Piau, Zema, Bolsonaro e Mourão, cotidianamente
negam a gravidade desta doença e sabotam as medidas de distanciamento social,
inclusive, com a redução do Benefício Emergencial do já insuficientes R$600,00
para R$300,00.
O que se deu ontem em Uberaba, 11/10/2020, na reabertura da Feira da
Abadia, que ocorreu no momento no qual o número de mortes por COVID 19 nunca
foi tão alto em nossa cidade (reabertura essa, que se dá junto com a ampliação
do horário de funcionamento do comércio), mostra, por um lado, a
irresponsabilidade e incompetência do governo Paulo Piau, tanto pela reabertura
da feira neste momento, como por não ter organizado uma estrutura
fiscalizatória eficiente e sensível à realidade da pessoas e, por outro, da
própria Guarda Municipal, uma vez que as imagens do ocorrido demonstram que as agressões
ao cidadão, mesmo estando a vítima das agressões de mãos dadas com seus filhos,
pequenas crianças em tenra idade, partiu da GM, que valeu-se do saque de armas
e uso de golpes de arte marciais, como o mata
leão, que, como o próprio nome diz, pode ser fatal.
Desta forma, Paulo Piau reproduz o
negacionismo de Zema, Bolsonaro e Mourão, pois, ao invés de socorrer
financeiramente aos pequenos comerciantes e aos feirantes, opta por medidas
(ampliação do horário do comércio e reabertura da feira) que contribuirão para
o aumento dos casos e de mortes por COVID-19. Já Guarda Municipal reproduz a
criminosa doutrina que permeia as forças policiais em geral, e as policiais
militares em particular, de guerra aos pobres, uma doutrina que visa impor aos trabalhadores
e ao povo pobre a aceitação da opressão e exploração inerentes ao sistema
capitalista, para que não haja revoltas e explosões sociais, de modo que os de
cima continuem com sua exploração sugando os de baixo.
É isso que explica, por exemplo, que a
mesma Guarda Municipal, que agrediu e quase matou um trabalhador e sua família
na Feira da Abadia, bairro popular de Uberaba, fecha os olhos ao fato de que os
ricos, e os filhos dos ricos, não usam máscaras nos bares de classe média alta
e alta de nossa cidade e/ou não coíbe as festanças realizadas nas chácaras da burguesia
em plena pandemia.
Assim, o PSTU vem à púbico, por meio de nossos candidatos a
prefeita e vice-prefeito de Uberaba, Simea Freitas e Adriano Espíndola
Cavalheiro, denunciar a violência policial contra o povo pobre de nossa cidade,
inclusive, a praticada, como no episódio em comento, pela Guarda Municipal,
exigindo a punição aos envolvidos, além de exigir a retomada das medidas de
isolamento social, mas com garantia de renda digna aos trabalhadores,
inclusive, aos pequenos e médios comerciantes, feirantes, empreendedores
individuais e pequenos e médios empresários, para que haja possibilidade delas
serem cumpridas.
Uberaba, 12 de outubro de 2020.
Simea Freitas e Adriano Espíndola Cavalheiro, pelo PSTU.
Comentários
Postar um comentário