
Desnudado pela
pandemia do Coronavírus, o capitalismo não tem conseguido mascarar que é um sistema
que se mantém à custa da exploração, opressão, adoecimento e morte da quase
totalidade da humanidade.
O Brasil está
incluído nesta realidade sob um governo genocida, que além de negar o caráter
mortal da COVID-19, apesar de estarmos perto da dolorosa marca de 125 mil
mortos oficiais (sendo que este número pode ser de três a quatro vez maior, em
face da subnotificação), aproveita a crise para avançar no projeto da grande
burguesia brasileira : A destruição dos direitos trabalhistas e sociais e de
desmonte dos serviços públicos para garantir seus lucros.
Além disso, assim
como Bolsonaro-Mourão-Guedes estão destruindo os direitos dos trabalhadores e
patrimônio nacional, governadores e prefeitos como Romeu Zema (MG) e Paulo
Piau (Uberaba), jogam contra a população mais pobre, pois, além de nunca terem
implementado um isolamento social de forma séria e coerente, isto é, garantindo
renda para que todos pudessem ficar efetivamente em casa, sabotam dia a dia as
pífias medidas de distanciamento social que se implementaram, ao mesmo tempo em
que atacam direitos, como faz o governo mineiro com sua reforma da previdência,
para ficarmos em um só exemplo. Serviços Públicos, como a saúde, continuam
sendo da pior qualidade: Vejam as condições desumanas tanto para os
trabalhadores como para os usuários das UPA’s da cidade, onde falta até mesmo
lençóis, medicamentos e bebedouros...
E assim sendo, o PSTU entende que devemos aproveitar o momento atual e, nas eleições municipais que
se avizinham, por meio de um programa que parta das necessidades e realidade
dos trabalhadores e de todo o povo pobre das cidades, denunciemos e enfrentemos
todas as mazelas do sistema capitalista e apontando um norte socialista.
Quatorze anos do PT no governo federal, com todo o respeito, deveria ter
servido, ao menos, para a esquerda entender que nutrir ilusões na
institucionalidade, como forma de mudar verdadeiramente a vida dos trabalhadores,
nos leva a um beco sem saída.
Entendemos que
a esquerda que reivindica o socialismo, não pode defende-lo só em dia de
festas, ou seja, em reuniões, plenárias e congressos internos, mas sim, por
meio de um programa que parta das necessidades mais sentidas dos trabalhadores,
estabelecendo um diálogo com todo o povo pobre e que faça uma ponte entre essas
necessidades e a necessidade de se mobilizar para lutar não apenas por
direitos, mas sim contra o capitalismo, isto é, pela Revolução Socialista.
Por isso, o PSTU
desde o início deste ano, vem buscando, inicialmente, junto com o PSOL e
depois, também junto com os camaradas do PCB e da UP – Unidade Popular, organizações que também compõe a esquerda
socialista em Uberaba, a construção de uma frente eleitoral que
consubstanciasse esse programa de enfrentamento, mobilização e luta, contra
Piau, Zema, Bolsonaro, Mourão; contra as reformas e desmontes promovidos por
estes governos e, ainda, que enfrente e denuncie impiedosamente o sistema
capitalista. Uma frente que consubstancie a popularização do programa da
Revolução Socialista, por meio de consignas programáticas que permita sua
compreensão pelos tanto pelos ativistas como pelos trabalhadores e trabalhadoras.
No entanto, infelizmente o PSOL vem apresentando resistência em cumprir conosco este papel. Apesar do
programa ser uma ferramenta para a ação (e no caso da esquerda socialista
consubstanciar o que os partidos que a compõe defende), os companheiros, como
se não estivéssemos acerca de dois meses das eleições, estão a defender que o
programa deve ser construído durante toda a campanha, inclusive, por pessoas
que não pertençam às nossas organizações, tudo em nome, nas palavras dos
companheiros e de seus defensores, de se apresentar de forma mais palatável,
que possibilite a eleição de seus candidatos...
Por essa razão,
o PSTU afirma que esse caminho é equivocado, o qual, além de poder levar à
derrota da estratégia socialista, pode desmoralizar toda a vanguarda que atue
numa campanha em tais marcos, pois, se o segui-lo, não estaremos atuando de
forma diferente daquela o PT e o PCdoB atuam. Por isso, reafirmamos a
necessidade de uma frente de esquerda socialista em Uberaba, mas com um
programa que estimule e apoie a mobilização da classe, um programa que partindo
das necessidades locais dialogue com os trabalhadores, apontando que somente
lutando contra o capitalismo, se pode lutar de forma coerente pelos direitos e
por melhorais reais no nível de vida.
E, diante deste
quadro, apesar de todo nosso respeito à Maria Sandra, companheira que venceu
recente as prévias do PSOL, a quem gostaríamos de contar como a vice, reafirmamos
que essa frente de esquerda socialista deve ter a companheira Simea Aparecida,
militante socialista das causas sociais e sindicais dos trabalhadores, técnica
em enfermagem na UFTM, onde também se gradua em Licenciatura em Educação do
Campo e militante do PSTU, como candidata à prefeita, pois, do contrário,
apesar do acordos formais, a frente de esquerda acabará por sucumbir a
estratégia reformista institucional que denunciamos neste texto.
Saudações
Socialistas!
DIREÇÃO
MUNICIPAL DO PSTU/UBERABA
Comentários
Postar um comentário