NOTA DO PSTU SOBRE O ASSASSINATO DE 3 SEM-TERRA NO TRIÂNGULO MINEIRO

 

Na madrugada do dia 24/03/2012, Valdir Dias Ferreira, 40 anos e Milton Santos Nunes da Silva, 52 e a companheira Clestina Leonor Sales Nunes, 48, membros da Coordenação Estadual do MLST no Estado de Minas Gerais, foram executados, com tiros na cabeça, na rodovia MGC-455, a dois quilômetros de Miraporanga, distrito de Uberlândia. O bárbaro crime aconteceu na presença de uma criança de 5 anos, neto dos executados.

Acampados na Fazenda São José dos Cravos, no município do Prata, Triangulo Mineiro/MG. Eles eram lideranças do acampamento que lutam pela posse da terra, em uma disputa judicial com a usina Vale do Tijuco (com sede na cidade de Ribeirão Preto/SP) que entrou com pedido de reintegração de posse, com o objetivo de mono cultivo da cana de açúcar, que está sendo uma prática das usinas aqui na região, utilizando trabalho degradante, com uma super exploração da mão de obra dos trabalhadores rurais, uso intensivo de agrotóxicos e destruição do meio ambiente.

Segundo a direção do MLST o crime foi encomendado. No dia 26, segunda, houve na porta do ministério público uma manifestação com as exigências do movimento, o assentamento imediato das famílias acampadas, na região do Triângulo e a prisão imediata dos assassinos mandantes e executores dos crimes.

Nós do PSTU nos solidarizamos com todos os militantes do MLST e com os familiares dos companheiros mortos. Para nós esses crimes fazem parte de uma pratica dos latifundiários que contam com a impunidade e com a política de criminalização dos movimentos sociais que facilita a ação de jagunços pelo país. Não pode ser mais um crime sem punição, é necessário a unidade e mobilização de todos os movimentos sociais e populares para exigir a imediata prisão e condenação dos assassinos. E exigir do governo federal a reforma agrária que é o grande motivo das mortes dos sem terras. Basta de morte! Reforma Agrária já!


*Por Betânia Lobato, militante do PSTU - Uberlândia e da CSP-Conlutas do Triângulo Mineiro.

 


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