NOVO ATAQUE AO MEIO AMBIENTE: Ex Ministro de Lula, réu confesso do mensalão, Anderson Adauto, quer acabar com limite para plantação de cana-de-açucar, em Uberaba/MG

 

Depois de tentar alienar um bosque da cidade de Uberaba, para que em seu lugar fosse construído um empreendimento imobiliário - idéia da qual desistiu somente por ter encontrado resistência da população, organizada  num movimento que o PSTU de Uberaba participou ativamente - Anderson Adauto, mais uma vez, mostra sua verdadeira face de devastador do meio ambiente: quer abolir limitador presente na legislação do munícipio de Uberaba, que impõe que apenas 10% das terra agricultáveis sejam destinadas ao cultivo da cana-de-açucar.

Anderson Adauto - que é prefeito de Uberaba e, em sua passagem no governo Lula restou envolvido em escândalos como o do mensalão, do qual é reú confesso – com o dinheiro angariado em sua vida pública (o referido senhor nunca exerceu qualquer atividade profissional salvo a de político), passou a investir, advinhem, exatamente na canacultura, havendo rumores que é sócio de usinas em Uberaba e em outros munícipios tanto de Minas Gerais como em outros estados. Ou seja, mais uma vez age defendendo o interesses pessoais e de sua classe.

Não sem motivos que entre os financiadores das campanhas do senhor Adauto – nas quais, segundo ele próprio, houve, em praticamente todas, o uso do caixa dois – aparecem os usineiros.

Depois do novo código ambiental, estamos às voltas de mais um ataque ao meio ambiente, desta vez em Uberaba - mas que pode se tornar um paradigma para todos os representantes de Usineiros que estão nas prefeituras e câmaras municipais da região- afinal, a ampliação da área de cana, além de potencializar a monocultura e a concentração de renda, resultará na amplicação dos problemas ambientais, pois, mesmo mecanizada, a canacultura resulta, entre outros problemas, na compactação do solo, na poluição dos lençois freáticos e manancias com herbercidas e outros defensivos, além do esgotamento destes (recursos hidricos) e aumento da baixa umidade do ar, pois é sabido que a cana absorve grandes quantidades de água.

Fica o chamado ao povo, aos ambientalistas e aos trabalhadores de Uberaba para nos organizarmos contra mais este ataque.

Adriano Espíndola – pelo PSTU de Uberaba

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Prefeito quer acabar com o limite do plantio de cana no Município

Prefeito Anderson Adauto (PMDB) propõe a revogação do dispositivo da Lei Orgânica do Município (LOM) que delimita em 10% o plantio de cana-de-açúcar em Uberaba. Para isso, ele se reuniu ontem com vereadores e empresários do setor para discutir o assunto e aproveitou para entregar o projeto de lei para a revogação da proposição ao presidente Luiz Humberto Dutra (PDT).

Entre as justificativas para a revogação do limite de 10% do plantio da cana-de-açúcar, está a importância do setor para a economia uberabense, não só para geração de emprego e renda de trabalhadores como também para arrendatários de terras e fornecedores de cana para as usinas sucroalcooleiras.

Como o dispositivo foi aprovado através de emenda à LOM, de autoria do então vereador Gilberto Caixeta (PSDB), AA ouviu o posicionamento do tucano antes de propor a revogação aos vereadores. Segundo o prefeito, o ex-vereador lhe disse que a limitação foi feita em um momento de preocupação com a queima da palha de cana e os efeitos à saúde das pessoas e devido à sobrecarga dos serviços públicos pelos cortadores de cana. Para o ex-vereador, estes medos foram superados, principalmente com colheita mecanizada e o fim da queima, prevista em lei, para 2014.

Outra questão é a inconstitucionalidade da delimitação. Presente na reunião, subsecretário de Meio Ambiente, Rodrigo Barros revelou que o Município não poderia aprovar o limite do plantio da cana-de-açúcar porque a competência é do Governo Federal. Conforme esclareceu, Ministério do Meio Ambiente é a pasta responsável por realizar o zoneamento rural do país, identificando os locais permitidos para o plantio. Além disso, o subsecretário ressaltou que existem mecanismos rígidos de proteção ambiental como licenciamentos e exigência de contratos de trabalho que evitam qualquer tipo de descontrole do plantio de cana-de açúcar.

Caso não consiga revogar o dispositivo, AA também não descartou propor uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) como forma de anular o dispositivo que contraria a Constituição Federal.

Para os empresários do setor, a revogação da limitação do plantio pode garantir novos investimentos para Uberaba.  O empresário da Usina Caeté, Robert Lyra, anunciou a construção de uma nova unidade industrial na cidade. Segundo ele, o fim da delimitação da área de plantio é necessário para atender o novo complexo. Marco Antônio Balbo, da Usina Uberaba, também garantiu aumentar os investimentos no Município “Todos os nossos parceiros estão em Uberaba. Nossa prioridade é continuar investindo aqui”, disse.

Já o empresário Carlos Eduardo dos Santos, da Usina Vale do Tijuco, que se instalou no Município para a produção de açúcar ampliou a área de atuação e hoje produz energia suficiente para abastecer toda a população uberabense.

Fonte: Jornal da Manhã

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