O PSTU orienta
a todos que votaram no 16 de Adriano Espíndola e Simea, ou que tenham, ao
menos, simpatizado com nossas posições, a optar pelo voto nulo no segundo turno
das eleições em Uberaba. Tanto Elisa Araújo quanto Tony Carlos representam
interesses que não atendem às necessidades da classe trabalhadora, que é
formada por todos os que vivem de sua força de trabalho: o trabalhador
assalariado, o empreendedor individual, o pequeno e o médio empresário, o
agricultor familiar.
Elisa Araújo,
em seus quatro anos de governo, prometeu renovação, mas se aliou à velha
política que criticava, tornando-se um dos pilares de Zema e Bolsonaro. Sua
gestão resultou, entre outros problemas, em caos na saúde, estagnação na
educação, terceirizações prejudiciais, como a realizada com a FUNEPU, que levou
à dispensa, sem acerto rescisório, de trabalhadores do setor de saúde, e
doações mensais de R$ 1 milhão em subsídios para empresas de transporte
coletivo, que, mesmo assim, cobram altas tarifas. Além disso, não entregou
moradias populares nem terrenos, intensificando a exploração dos trabalhadores
e o desmonte dos serviços públicos. E, para piorar, não cuidou da água da
cidade, deixando para os últimos meses do seu mandato o anúncio de busca de
água do Rio Grande, uma solução de médio a longo prazo, enquanto a maioria da
população, em especial da periferia, amarga dias e mais dias sem água.
Por outro lado,
Tony Carlos, do MDB, cujo vice votou a favor da reforma da previdência, é um
político com mais de trinta anos de atuação, sem representar renovação. Apesar
de se colocar como oposição à atual gestão e afirmar sentir amor por Uberaba,
seus interesses estão alinhados com os mesmos setores elitistas que Elisa
apoia: latifundiários, zebuzeiros, usineiros e milionários. Assim como Elisa,
sua proposta de governo não rompe com a lógica de beneficiar os milionários,
latifundiários e zebuzeiros.
Elisa e Tony
são candidatos que, uma vez eleitos, manterão os privilégios para grandes
empresários e bilionários, enquanto a maioria da população enfrenta condições
de vida cada vez mais precárias. Estão a serviço dos setores mais atrasados da
cidade, representando o retrocesso de sempre.
O PSTU reafirma
a necessidade de uma alternativa socialista que coloque os trabalhadores no
poder e atenda às suas reais necessidades. Defendemos a organização da classe
trabalhadora e da juventude para enfrentar os ataques futuros,
independentemente de quem vença. É essencial lutar por um futuro onde os
trabalhadores, verdadeiros produtores da riqueza, controlem suas vidas e o
destino da sociedade. Não sem motivos, defendemos:
ü
Perfuração de Poços profundos emergencialmente e
políticas ambientais para recuperação dos mananciais e mata ciliares, inclusive,
enfrentando de verdade a utilização irregular de água do Rio Uberaba e seus afluentes para irrigação pelo agronegócio, sem
prejuízo da conclusão da Barragem da Prainha e do projeto trazer água do Rio Grande;
ü
IPTU fortemente progressivo, cobrando mais dos ricos e menos das pessoas humildes;
ü Pela estatização (Municipal) dos transportes, com a criação da empresa urbana de transporte coletivos
ü
Pelo fim das terceirizações dos serviços
públicos municipais;
ü
Pelo fim das isenções fiscais e subsídios aos
grandes empresários bilionários;
ü
Por um plano de obras públicas na cidade que
ataque o desemprego e garanta a construção de escolas, moradias e equipamentos
de saúde municipais.
E assim sendo,
chamamos o voto nulo e a construção de uma alternativa política para a cidade,
que enfrente os donos do capital, os usineiros e os zebuzeiros, promovendo uma
transformação radical da sociedade e garantindo uma vida digna para todos que
constroem a riqueza de nossa cidade.
Uberaba, 15 de
outubro de 2024.
DIREÇÃO MUNICIPAL
DO PSTU
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